quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Caminhos 1

CAMINHOS


Quando pensamos qual será a nossa missão aqui neste planeta, isto é, acreditando que alguma vez isto acontece com todos nós, deparamo-nos com dúvidas e incertezas.

Claro que podemos, pura e simplesmente nem pensar, ou achar que estamos aqui apenas para viver e porque um homem e uma mulher (os nossos pais) nos conceberam e, com o tempo, adquirimos responsabilidades e constituímos família seguindo um caminho idêntico aos mesmos.

Será isto viver ou sobreviver?

Para mim sim. Mas não só, são situações completamente diferentes.

Senão vejamos:

viver |ê| - Conjugar
(latim vivo, -ere) 

v. intr.
1. Ter vida. = EXISTIR
2. Passar (a vida). = EXISTIR
3. Passar a vida de tal ou tal maneira.
4. Ter determinado comportamento ou procedimento. = CONDUZIR-SE, PORTAR-SE, PROCEDER
5. Proporcionar-se o alimento e o necessário para a vida. = ALIMENTAR-SE
6. Entreter relações sociais ou amicais.
7. Conservar-se, durar, passar aos vindouros. = CONVIVER
8. Gozar a vida; aproveitar-se da vida; tirar vantagem de tudo.
9. Passar toda ou a maior parte da existência em; não poder existir fora de.
10. Ter habitação habitual em. = MORAR, RESIDIR
v. tr.
11. Desfrutar de uma situação ou de um momento. = GOZAR
12. Durar por determinado tempo.
s. m.
13. Processo do que está vivo e perdura. = VIDA
14. Procedimento, comportamento.

E…

sobreviver |ê| - Conjugar

v. intr.
1. Continuar a viver depois de outra pessoa deixar de existir.
2. [Figurado]  Escapar; resistir.

Estas são as explicações normais de qualquer dicionário.

Não nascemos nem com livro de instruções, muito menos com um dicionário incorporado na nossa mente e nas nossas emoções.

É, por este motivo, que acho pouco explicativo ao sentido prático da vida limitarmo-nos ao dicionário. Tentarei, com este texto, expor o que acredito e quais as minhas crenças em relação a este assunto.

Para mim a maior diferença entre estes dois modos de estar é que sobreviver é viver mas sobre algo ou alguém. Não é um viver próprio, mas apenas forçado à existência. Ausente de desfrute e que conduz, invariavelmente, à doença. 

Sim porque todo o paciente/doente carece exatamente disto- DESFRUTAR.

“Um homem ia caminhando na rua quando vê uma loja chamada - LOJA DE DEUS. Fica perplexo como alguém pode usar o nome de Deus em vão num espaço comercial. Entra com a intenção de se insurgir contra o dono da mesma por ter usado tal método de marketing. Qual não é o seu espanto ao ver anjinhos, tipo daqueles papudos, voando atribuladamente. Um deles dirige-se a ele e pergunta-lhe, como qualquer vendedor que se prese: o que deseja?

Ainda espantado responde-lhe com outra pergunta: mas isto é MESMO a loja de Deus?

O anjinho responde-lhe calmamente: sim claro.

Mas o que vendem na loja de Deus? – Pergunta-lhe de novo.

Tudo o que você precisar. E pega num papel e lápis para anotar o pedido que, presumivelmente se segue após esta resposta. 

O nosso amigo depois de se acalmar começa e pedir tudo o que queria de bom para a sua vida. Assim pede: felicidade, saúde, tranquilidade, paz, etc…

Depois de enumerar vários pedidos cala-se e o anjinho pergunta-lhe: é só?

Perante a resposta positiva do “cliente” desata a voar por entre frascos pegando em algo que, rapidamente, trás na sua mão e mostra ao nosso amigo dizendo: aqui está!

Ele olha para a mão e vê umas coisas muito pequeninas.

Mas é isto que eu te pedi? Está aqui tudo mesmo? 

O anjinho olha-o ternamente, como só um anjo papudo o faz, e diz-lhe: sim amigo. Na loja de Deus nós só temos as SEMENTES.”

Esta história é reveladora daquilo que podemos fazer entre viver e sobreviver.

Viver é, segundo um dos princípios budistas, difícil. Espantoso e sábio tornar esta verdade num princípio, não acha?

Mas, mesmo sendo difícil, viver é lutar e semear estas sementes que trazemos, mesmo sem livro de explicações e dicionário, para a vida.

Sim, ser FELIZ. Eis o principal sentido de missão que todo o ser humano traz. Este é consciente e, alguns outros, também despertam, numa expansão de consciência, o objetivo de ser PERFEITO.

É a eterna luta entre ego e alma (ou essência, como gosto mais de lhe chamar).

Ser feliz pertence a ambos os espaços (ego e essência), mas já no caso de ser perfeito é algo que está no inconsciente e, portanto, só depois duma expansão de consciência é que temos a noção deste nosso caminho. Aí a luta ganha outros contornos e a semeadora novas sementes.

Mas ser feliz e, em alguns casos, perfeito, implica demasiados terrenos onde poderemos colocar as nossas sementes. Como escolher qual o mais produtivo? 

Há mais de 2000 anos apareceu na terra um homem, independente das crenças e religiões e apenas como alguém que, historicamente existiu, nos ensinou a única lição desta escola que é a terra – AMAR. O seu nome é Jesus, e digo é porque quem ensina tão forte lição jamais deixa de estar entre nós. Mais recentemente e, usando dos rápidos meios de comunicação desta era, conviveu comigo e consigo outra pessoa e nos demonstrou a sua felicidade porque aprendeu, semeou e colocou em prática esta lição. Refiro-me a Teresa de Calcutá (nome porque foi conhecida, ou melhor é). Poderia enunciar vários outros mas o meu, digamos, xodó é São Francisco de Assis que, usando a pobreza extrema e se denominando os mais pobre dos pobres viveu, completamente, a mesma lição. 

Amar!

Esta é, para mim, a nossa grande lição e missão.


Irei continuar este tema a que resolvi denominar “CAMINHOS”. Como o assunto é vasto e motivo para várias reflexões e textos, por hoje, ficarei por aqui.
Continuem, se acharem interessante e útil, a seguir-nos pelos nossos meios de informação. Assim, poderão fazê-lo pelos nossos: blog da organização e métodos,facebook e/ou site www.organizacaoemetodos.com.pt.
Com Amor

Rui de Caldevilla

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