CAMINHOS
Quando pensamos qual
será a nossa missão aqui neste planeta, isto é, acreditando que alguma vez isto
acontece com todos nós, deparamo-nos com dúvidas e incertezas.
Claro que podemos,
pura e simplesmente nem pensar, ou achar que estamos aqui apenas para viver e
porque um homem e uma mulher (os nossos pais) nos conceberam e, com o tempo,
adquirimos responsabilidades e constituímos família seguindo um caminho
idêntico aos mesmos.
Será isto viver ou
sobreviver?
Para mim sim. Mas não
só, são situações completamente diferentes.
Senão vejamos:
viver |ê| - Conjugar
(latim vivo,
-ere)
v. intr.
1. Ter vida. =
EXISTIR
2. Passar (a vida). =
EXISTIR
3. Passar a vida de
tal ou tal maneira.
4. Ter determinado
comportamento ou procedimento. = CONDUZIR-SE, PORTAR-SE, PROCEDER
5. Proporcionar-se o
alimento e o necessário para a vida. = ALIMENTAR-SE
6. Entreter relações
sociais ou amicais.
7. Conservar-se, durar,
passar aos vindouros. = CONVIVER
8. Gozar a vida;
aproveitar-se da vida; tirar vantagem de tudo.
9. Passar toda ou a
maior parte da existência em; não poder existir fora de.
10. Ter habitação
habitual em. = MORAR, RESIDIR
v. tr.
11. Desfrutar de uma
situação ou de um momento. = GOZAR
12. Durar por
determinado tempo.
s. m.
13. Processo do que
está vivo e perdura. = VIDA
14. Procedimento,
comportamento.
E…
sobreviver |ê| -
Conjugar
v. intr.
1. Continuar a viver
depois de outra pessoa deixar de existir.
2. [Figurado]
Escapar; resistir.
Estas são as
explicações normais de qualquer dicionário.
Não nascemos nem com
livro de instruções, muito menos com um dicionário incorporado na nossa mente e
nas nossas emoções.
É, por este motivo,
que acho pouco explicativo ao sentido prático da vida limitarmo-nos ao
dicionário. Tentarei, com este texto, expor o que acredito e quais as minhas
crenças em relação a este assunto.
Para mim a maior
diferença entre estes dois modos de estar é que sobreviver é viver mas sobre
algo ou alguém. Não é um viver próprio, mas apenas forçado à existência.
Ausente de desfrute e que conduz, invariavelmente, à doença.
Sim porque todo o
paciente/doente carece exatamente disto- DESFRUTAR.
“Um homem ia
caminhando na rua quando vê uma loja chamada - LOJA DE DEUS. Fica perplexo como
alguém pode usar o nome de Deus em vão num espaço comercial. Entra com a
intenção de se insurgir contra o dono da mesma por ter usado tal método de marketing.
Qual não é o seu espanto ao ver anjinhos, tipo daqueles papudos, voando
atribuladamente. Um deles dirige-se a ele e pergunta-lhe, como qualquer
vendedor que se prese: o que deseja?
Ainda espantado
responde-lhe com outra pergunta: mas isto é MESMO a loja de Deus?
O anjinho
responde-lhe calmamente: sim claro.
Mas o que vendem na
loja de Deus? – Pergunta-lhe de novo.
Tudo o que você
precisar. E pega num papel e lápis para anotar o pedido que, presumivelmente se
segue após esta resposta.
O nosso amigo depois
de se acalmar começa e pedir tudo o que queria de bom para a sua vida. Assim
pede: felicidade, saúde, tranquilidade, paz, etc…
Depois de enumerar
vários pedidos cala-se e o anjinho pergunta-lhe: é só?
Perante a resposta
positiva do “cliente” desata a voar por entre frascos pegando em algo que,
rapidamente, trás na sua mão e mostra ao nosso amigo dizendo: aqui está!
Ele olha para a mão e
vê umas coisas muito pequeninas.
Mas é isto que eu te
pedi? Está aqui tudo mesmo?
O anjinho olha-o
ternamente, como só um anjo papudo o faz, e diz-lhe: sim amigo. Na loja de Deus
nós só temos as SEMENTES.”
Esta história é
reveladora daquilo que podemos fazer entre viver e sobreviver.
Viver é, segundo um
dos princípios budistas, difícil. Espantoso e sábio tornar esta verdade num
princípio, não acha?
Mas, mesmo sendo
difícil, viver é lutar e semear estas sementes que trazemos, mesmo sem livro de
explicações e dicionário, para a vida.
Sim, ser FELIZ. Eis o
principal sentido de missão que todo o ser humano traz. Este é consciente e,
alguns outros, também despertam, numa expansão de consciência, o objetivo de
ser PERFEITO.
É a eterna luta entre
ego e alma (ou essência, como gosto mais de lhe chamar).
Ser feliz pertence a
ambos os espaços (ego e essência), mas já no caso de ser perfeito é algo que
está no inconsciente e, portanto, só depois duma expansão de consciência é que
temos a noção deste nosso caminho. Aí a luta ganha outros contornos e a semeadora
novas sementes.
Mas ser feliz e, em
alguns casos, perfeito, implica demasiados terrenos onde poderemos colocar as
nossas sementes. Como escolher qual o mais produtivo?
Há mais de 2000 anos
apareceu na terra um homem, independente das crenças e religiões e apenas como
alguém que, historicamente existiu, nos ensinou a única lição desta escola que
é a terra – AMAR. O seu nome é Jesus, e digo é porque quem ensina tão forte
lição jamais deixa de estar entre nós. Mais recentemente e, usando dos rápidos
meios de comunicação desta era, conviveu comigo e consigo outra pessoa e nos
demonstrou a sua felicidade porque aprendeu, semeou e colocou em prática esta
lição. Refiro-me a Teresa de Calcutá (nome porque foi conhecida, ou melhor é).
Poderia enunciar vários outros mas o meu, digamos, xodó é São Francisco de
Assis que, usando a pobreza extrema e se denominando os mais pobre dos pobres
viveu, completamente, a mesma lição.
Amar!
Esta é, para mim, a nossa grande lição e missão.
Irei
continuar este tema a que resolvi denominar “CAMINHOS”. Como o assunto é vasto
e motivo para várias reflexões e textos, por hoje, ficarei por aqui.
Continuem, se
acharem interessante e útil, a seguir-nos pelos nossos meios de informação.
Assim, poderão fazê-lo pelos nossos: blog da organização e métodos,facebook e/ou site www.organizacaoemetodos.com.pt.
Com Amor
Rui de
Caldevilla
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