Já ouviram crianças pequenas dizerem quando lhes perguntamos "de quem é este (p.ex.) boneco" responderem na 3ª pessoa, ou seja, "é do Miguel/Rui ou qualquer outro nome" sendo que estão a falar de si próprios?
Pois bem até aí reina a sua essência/alma e portanto estão conectados com algo superior que não os faz ainda estar, plenamente, na terra. Estão construindo um Ego.
Quando elas começam a responder "é meu" colocam-se na vivência de ego versus essência e então a "guerra" começa.
Sim é uma constante guerra entre essa construção, EGO, e essa essência , que como o próprio nome o diz, está no TODO, vem connosco tentando, constantemente, superar as atribulações criadas pelo grande aliado do ego que é o APEGO.
O ego é um óptimo empregado mas um péssimo patrão. Tenta, constantemente, boicotar os chamados da essência.
Tendo como seu aliado o apego até nem é difícil já que achamos que isto ou aquilo é "MEU".
Quando nascemos trazemos o quê?
Nada, absolutamente nada.
Quando partimos o que levamos?
Exactamente o mesmo, NADA.
Sim, deixamos tudo.
Eu não sou o Rui. Deram-me esse nome e sobre ele construí um ego mas, verdadeiramente, não sou, nem o nome nem tudo o que julgo possuir com ele.
Sou apenas e tão somente uma energia que está aqui de passagem e tentando perceber a grande lição que viemos aprender - AMAR.
Não, não tenho nada. Amo TUDO e TODOS mas apenas estou na posição de aprendiz e seguindo o HOJE porque é único que existe. Por mim sou aliado da essência e atento aos seus chamados.
Apego para quê e porquê?
Há muitos que já partiram e este não lhes serviu de nada.
Tudo o que construímos é mutável, inclusive, o ego.
Com muito amor.
Rui de Caldevilla
sábado, 17 de maio de 2014
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Heis um belo texto de Aristóteles , filósofo grego e que o escreveu em 360 a.c.
"Ninguém é dono da sua felicidade,
por isso não entregues a tua alegria,
a tua paz, a tua vida,
nas mãos de ninguém, absolutamente de ninguém.
Somos livres,
não pertencemos a ninguém
e não podemos querer ser donos
dos desejos, da vontade ou dos sonhos
de quem quer que seja.
A razão da tua vida és tu mesmo.
A tua paz interior é a tua meta de vida.
Quando sentires um vazio na alma,
quando acreditares que ainda está
faltando algo,
mesmo tendo tudo,
remete o teu pensamento
para os teus desejos mais íntimos
e busca a divindade que existe em ti.
Pára de colocar a tua felicidade,
cada dia, mais distante de ti.
A razão da tua vida és tu mesmo.
A tua paz interior é a tua meta de vida.
Não coloques objetivos longe demais de tuas mãos,
abraça os que estão ao
teu alcance, hoje.
Se andas desesperado por problemas
financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares,
busca no teu interior
a resposta para te acalmares,
tu és o reflexo do que pensas diariamente.
Pára de pensar mal de ti mesmo
e sê teu melhor amigo sempre.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar.
Então, abre um sorriso para aprovar
o mundo que te quer oferecer o melhor.
Com um sorriso no rosto,
as pessoas terão as melhores impressões de ti
e tu estarás afirmando para ti mesmo,
que estás “pronto“ para seres feliz.
Trabalha, trabalha muito a teu favor.
Pára de esperar a felicidade sem esforços.
Pára de exigir das pessoas, aquilo que nem tu conquistaste, ainda.
Critica menos, trabalha mais.
E não te esqueças, nunca, de agradecer.
Agradece tudo que está na tua vida neste momento,
inclusive a dor.
A nossa compreensão do universo,
ainda é muito pequena para julgar o que
quer que seja na nossa vida."
AUTOR: ARISTÓTELES (obra: Revolução da Alma)
"Ninguém é dono da sua felicidade,
por isso não entregues a tua alegria,
a tua paz, a tua vida,
nas mãos de ninguém, absolutamente de ninguém.
Somos livres,
não pertencemos a ninguém
e não podemos querer ser donos
dos desejos, da vontade ou dos sonhos
de quem quer que seja.
A razão da tua vida és tu mesmo.
A tua paz interior é a tua meta de vida.
Quando sentires um vazio na alma,
quando acreditares que ainda está
faltando algo,
mesmo tendo tudo,
remete o teu pensamento
para os teus desejos mais íntimos
e busca a divindade que existe em ti.
Pára de colocar a tua felicidade,
cada dia, mais distante de ti.
A razão da tua vida és tu mesmo.
A tua paz interior é a tua meta de vida.
Não coloques objetivos longe demais de tuas mãos,
abraça os que estão ao
teu alcance, hoje.
Se andas desesperado por problemas
financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares,
busca no teu interior
a resposta para te acalmares,
tu és o reflexo do que pensas diariamente.
Pára de pensar mal de ti mesmo
e sê teu melhor amigo sempre.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar.
Então, abre um sorriso para aprovar
o mundo que te quer oferecer o melhor.
Com um sorriso no rosto,
as pessoas terão as melhores impressões de ti
e tu estarás afirmando para ti mesmo,
que estás “pronto“ para seres feliz.
Trabalha, trabalha muito a teu favor.
Pára de esperar a felicidade sem esforços.
Pára de exigir das pessoas, aquilo que nem tu conquistaste, ainda.
Critica menos, trabalha mais.
E não te esqueças, nunca, de agradecer.
Agradece tudo que está na tua vida neste momento,
inclusive a dor.
A nossa compreensão do universo,
ainda é muito pequena para julgar o que
quer que seja na nossa vida."
AUTOR: ARISTÓTELES (obra: Revolução da Alma)
sábado, 12 de abril de 2014
CUIDADO COM O QUE DIZ…
Sendo o cérebro o órgão que menos nos avisa, temos de ter
cuidado com o que dizemos.
Senão vejamos: quantos de nós já não ouvimos alguém dizer “
não posso comer isto por causa dos meus (por
exemplo) diabetes “. Dizendo esta frase o nosso cérebro regista que os diabetes
são nossos logo nunca deixará que os
percamos. Com isto perdemos a oportunidade de que ele use o sistema imunológico
para que atue na falha do nosso organismo.
É muito importante usarmos com atenção o verbo SER porque o
que dizemos a seguir será o registo que fica no nosso cérebro. Assim, frases
como “eu sou…” , devem ter um intervalo para refletirmos, antecipadamente, o
que vamos dizer a seguir.
Claro que se usarmos verbos intransitivos ficamos mais
protegidos tipo “estou com diabetes” ou, sendo menos bom, “tenho diabetes (aqui
já há um sentido de posse) ”.
A PNL tem vindo a registar enormes descobertas neste campo.
Tenhamos atenção naquilo que dizemos até porque não temos
tecla de delete nem de reset.
Mais exemplos e cuidados com a nossa linguagem poderão ser
apreendidos com um terapeuta de PNL.
Abraços amigos e de amor
Rui de Caldevilla
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
AMAR
Escrever sobre este tema é uma tarefa difícil, porque todos nós o
interpretamos de forma diferente, o que é este sentimento
e no que, realmente, consiste.
Para mim, até porque quando se escreve, normalmente é para
traduzir o que pensamos sobre determinado tema, AMAR é a lição maior que viemos
aprender neste Planeta chamado Terra.
Vejo que, frequentemente, muitos associam este sentimento também à
Sexualidade, o que acho diferente. São coisas que podem ser (e, em certos
casos, são mesmo) entrelaçadas, mas, na verdade, este sentimento de AMOR está
muito mais livre, já que pode, muitas vezes, ser ausente de qualquer outro
estímulo, que não seja apenas a nobre arte de sentir um profundo sentimento por
alguém ou por nós mesmos.
Poderia colocar estereótipos, sim, mas não quero ir nesse sentido.
AMAR, para mim, é algo que chama pela nossa Essência mais pura de
Energia. Com este sentimento, fazemos sobressair todo o nosso lado dito
"Divino". Viver o dia-a-dia na ausência de momentos de profundo AMOR,
deve ser o maior castigo que a vida nos pode dar.
Sim, AMAR é desfrutar em pleno de todo o nosso ser. Somos Humanos
e erramos, muitas vezes também por este motivo, mas, quando amamos
verdadeiramente, sabemos que esta vulnerabilidade nos pode tornar ainda mais
fortes, desde que tenhamos compaixão e, primeiramente, por nós mesmos.
Tenhamos consciência que AMAR é mesmo algo IMPRESCINDÍVEL para que
consigamos viver e desfrutar a Vida, como nos conta a história das Pegadas na
Areia. Conhecem?
Passo a contá-la para aqueles que não a conhecem, já que demostra
o mais puro sentimento de AMOR:
"Alguém que era muito religioso e crente observava a sua
vida, que lhe aparecia como pegadas marcadas na areia que traduzia a sua
vivência. Todas estas pegadas tinham as suas e, ao lado, outras que eram as de
Cristo, acompanhando-o devido às suas preces. Apercebeu-se, no entanto, que nos
momentos mais difíceis da sua Existência havia apenas um par de pegadas. Eram
mais profundas, mas havia apenas um par. Neste momento, interrogou Cristo sobre
o que significava este facto:
- Então, Senhor? Nos momentos mais difíceis da minha vida tu
deixaste-me sozinho?
Cristo responde-lhe tranquilamente:
- Não, meu filho. Nestes momentos, só existe um par de pegadas,
porque eu carreguei-te ao colo."
Sim, o Mestre do AMOR deu-nos esta grande lição e disse-nos,
claramente, qual a maior missão que temos neste Planeta. E ela é, sem dúvida,
aprendermos a AMAR.
Porém, uma das maiores manifestações de AMOR que podemos encontrar
é a AMIZADE e nesta, como em outras, não é necessário manifestar este
sentimento associado à Sexualidade.
Vamos, portanto, ser bons alunos e lutarmos contra o absentismo
maior da vida: viver sem este nobre sentimento, viver sem AMOR.
Com Carinho e Amor por todos vós,
Rui de Caldevilla
sábado, 25 de janeiro de 2014
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Caminhos 1
CAMINHOS
Quando pensamos qual
será a nossa missão aqui neste planeta, isto é, acreditando que alguma vez isto
acontece com todos nós, deparamo-nos com dúvidas e incertezas.
Claro que podemos,
pura e simplesmente nem pensar, ou achar que estamos aqui apenas para viver e
porque um homem e uma mulher (os nossos pais) nos conceberam e, com o tempo,
adquirimos responsabilidades e constituímos família seguindo um caminho
idêntico aos mesmos.
Será isto viver ou
sobreviver?
Para mim sim. Mas não
só, são situações completamente diferentes.
Senão vejamos:
viver |ê| - Conjugar
(latim vivo,
-ere)
v. intr.
1. Ter vida. =
EXISTIR
2. Passar (a vida). =
EXISTIR
3. Passar a vida de
tal ou tal maneira.
4. Ter determinado
comportamento ou procedimento. = CONDUZIR-SE, PORTAR-SE, PROCEDER
5. Proporcionar-se o
alimento e o necessário para a vida. = ALIMENTAR-SE
6. Entreter relações
sociais ou amicais.
7. Conservar-se, durar,
passar aos vindouros. = CONVIVER
8. Gozar a vida;
aproveitar-se da vida; tirar vantagem de tudo.
9. Passar toda ou a
maior parte da existência em; não poder existir fora de.
10. Ter habitação
habitual em. = MORAR, RESIDIR
v. tr.
11. Desfrutar de uma
situação ou de um momento. = GOZAR
12. Durar por
determinado tempo.
s. m.
13. Processo do que
está vivo e perdura. = VIDA
14. Procedimento,
comportamento.
E…
sobreviver |ê| -
Conjugar
v. intr.
1. Continuar a viver
depois de outra pessoa deixar de existir.
2. [Figurado]
Escapar; resistir.
Estas são as
explicações normais de qualquer dicionário.
Não nascemos nem com
livro de instruções, muito menos com um dicionário incorporado na nossa mente e
nas nossas emoções.
É, por este motivo,
que acho pouco explicativo ao sentido prático da vida limitarmo-nos ao
dicionário. Tentarei, com este texto, expor o que acredito e quais as minhas
crenças em relação a este assunto.
Para mim a maior
diferença entre estes dois modos de estar é que sobreviver é viver mas sobre
algo ou alguém. Não é um viver próprio, mas apenas forçado à existência.
Ausente de desfrute e que conduz, invariavelmente, à doença.
Sim porque todo o
paciente/doente carece exatamente disto- DESFRUTAR.
“Um homem ia
caminhando na rua quando vê uma loja chamada - LOJA DE DEUS. Fica perplexo como
alguém pode usar o nome de Deus em vão num espaço comercial. Entra com a
intenção de se insurgir contra o dono da mesma por ter usado tal método de marketing.
Qual não é o seu espanto ao ver anjinhos, tipo daqueles papudos, voando
atribuladamente. Um deles dirige-se a ele e pergunta-lhe, como qualquer
vendedor que se prese: o que deseja?
Ainda espantado
responde-lhe com outra pergunta: mas isto é MESMO a loja de Deus?
O anjinho
responde-lhe calmamente: sim claro.
Mas o que vendem na
loja de Deus? – Pergunta-lhe de novo.
Tudo o que você
precisar. E pega num papel e lápis para anotar o pedido que, presumivelmente se
segue após esta resposta.
O nosso amigo depois
de se acalmar começa e pedir tudo o que queria de bom para a sua vida. Assim
pede: felicidade, saúde, tranquilidade, paz, etc…
Depois de enumerar
vários pedidos cala-se e o anjinho pergunta-lhe: é só?
Perante a resposta
positiva do “cliente” desata a voar por entre frascos pegando em algo que,
rapidamente, trás na sua mão e mostra ao nosso amigo dizendo: aqui está!
Ele olha para a mão e
vê umas coisas muito pequeninas.
Mas é isto que eu te
pedi? Está aqui tudo mesmo?
O anjinho olha-o
ternamente, como só um anjo papudo o faz, e diz-lhe: sim amigo. Na loja de Deus
nós só temos as SEMENTES.”
Esta história é
reveladora daquilo que podemos fazer entre viver e sobreviver.
Viver é, segundo um
dos princípios budistas, difícil. Espantoso e sábio tornar esta verdade num
princípio, não acha?
Mas, mesmo sendo
difícil, viver é lutar e semear estas sementes que trazemos, mesmo sem livro de
explicações e dicionário, para a vida.
Sim, ser FELIZ. Eis o
principal sentido de missão que todo o ser humano traz. Este é consciente e,
alguns outros, também despertam, numa expansão de consciência, o objetivo de
ser PERFEITO.
É a eterna luta entre
ego e alma (ou essência, como gosto mais de lhe chamar).
Ser feliz pertence a
ambos os espaços (ego e essência), mas já no caso de ser perfeito é algo que
está no inconsciente e, portanto, só depois duma expansão de consciência é que
temos a noção deste nosso caminho. Aí a luta ganha outros contornos e a semeadora
novas sementes.
Mas ser feliz e, em
alguns casos, perfeito, implica demasiados terrenos onde poderemos colocar as
nossas sementes. Como escolher qual o mais produtivo?
Há mais de 2000 anos
apareceu na terra um homem, independente das crenças e religiões e apenas como
alguém que, historicamente existiu, nos ensinou a única lição desta escola que
é a terra – AMAR. O seu nome é Jesus, e digo é porque quem ensina tão forte
lição jamais deixa de estar entre nós. Mais recentemente e, usando dos rápidos
meios de comunicação desta era, conviveu comigo e consigo outra pessoa e nos
demonstrou a sua felicidade porque aprendeu, semeou e colocou em prática esta
lição. Refiro-me a Teresa de Calcutá (nome porque foi conhecida, ou melhor é).
Poderia enunciar vários outros mas o meu, digamos, xodó é São Francisco de
Assis que, usando a pobreza extrema e se denominando os mais pobre dos pobres
viveu, completamente, a mesma lição.
Amar!
Esta é, para mim, a nossa grande lição e missão.
Irei
continuar este tema a que resolvi denominar “CAMINHOS”. Como o assunto é vasto
e motivo para várias reflexões e textos, por hoje, ficarei por aqui.
Continuem, se
acharem interessante e útil, a seguir-nos pelos nossos meios de informação.
Assim, poderão fazê-lo pelos nossos: blog da organização e métodos,facebook e/ou site www.organizacaoemetodos.com.pt.
Com Amor
Rui de
Caldevilla
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
INSÓNIA
INSÓNIAS OH
PRAGA!
Começo com
uma história que baila na minha cabeça e nem sei bem porquê.
“O Salim
tentava dormir e ia rebolando e mexendo-se na cama em luta com o seu sono. A
esposa, incomodada com tanta turbulência, pergunta-lhe: Salim o que se passa porque te mexes tanto e
não dormes?
O turbulento
Salim responde-lhe: sabes o Nacib, o nosso vizinho aqui da frente? Sim o que
tem ele? Pergunta-lhe ela ainda mais perplexa. Pois é, amanhã tenho de lhe
pagar uma divida e não tenho o dinheiro. Ah então é por isso? Ela salta da cama
abre a janela do quarto e começa a chamar pelo vizinho Nacib até este abrir a
janela da sua casa perante o olhar atónito do seu marido e, também este
extasiado e sobressaltado, responder aos chamados da esposa do seu vizinho. Sim
o que se passa, o que aconteceu?
Com toda a
calma ela pergunta-lhe: sabes da divida que o meu marido Salim tem de te pagar
amanhã? Sim sei responde-lhe o assustado Nacib. Pois bem ele não tem dinheiro
para te pagar. Boa noite Nacib. Fecha a janela e volta resoluta para a cama.
Deita-se ao lado do perplexo Salim e diz-lhe: pronto marido agora dorme porque
quem não vai dormir é ele. “
Esta
história poderia ser a solução para um dos grandes problemas que ataca este
precioso momento de todos os seres humanos – a insónia.
Já sei
porque baila na minha cabeça. Sim estou com insónias. No entanto, nem sempre o
assunto que teima não sair dos nossos pensamentos quando tentamos dormir se
resume a problemas com dinheiro. Se assim fosse e o nosso vizinho fosse o
credor, e tivéssemos uma cultura tipo judaica como as personagens da mesma
talvez se tornasse numa excelente solução.
Estamos num
país em crise. Vivemos massacrados com esta palavra e com os problemas
económicos que ela acarreta. Há falta de dinheiro em muitos lares. Há problemas
de fome e até muita escondida e envergonhada. Felizmente isto não é o meu caso.
Na verdade estou atravessando, como todos, momentos menos bons em relação ao
dinheiro mas, tenho conseguido, com trabalho e persistência, cumprir as minhas
obrigações com o vizinho.
Ah mas o meu
vizinho não mora na casa da frente. Não adianta abrir a janela e chamá-lo. O
meu vizinho e o de muitos portugueses é o estado.
Ele mesmo um
péssimo pagador. Ele mesmo deficitário. Enfim ele é um oportunista
irresponsável que gerindo o que é nosso arrebentou com o equilíbrio orçamental
(seja lá o que isto for). Ah seu Nacib malandro. Deixa-me em paz e dormir tranquilo.
É, como não
adianta ir para a janela berrar venho para o papel e escrevo.
Mas voltando
à insónia e, como já disse, nem sempre são problemas de dinheiro que teimam não
deixar nossa mente relaxar e desligar para usufruirmos de um precioso e
retemperador soninho. Ou são?
Poderá não
estar tão explicitamente representado como nesta história. Poderá ser a briga
que tivemos com a esposa ou até com qualquer outro momento do dia em que, por
ventura, não estivemos tão bem enfim, milhares de outros assuntos que,
teimosamente, não saem da nossa mente.
Poderíamos,
como nos computadores, ter um botão tipo “delete” e desligar a mente e dormir.
É era uma boa solução. Não é, infelizmente, assim tão rápido nem simples.
Há, contudo,
técnicas que podemos aprender que nos ajudarão nestes chatos e cansativos
estados de insónia.
O primeiro
conselho que todos os especialistas dão sobre este assunto é que, em vez de
ficar lutando e rebolando na cama contra o sono que teima em não vir, o melhor
é levantarmo-nos e fazer outra coisa.
Foi o que
fiz como devem calcular.
Nesta “outra
coisa” cabe muitas soluções e é aqui que tentarei ajudar.
Agora são
horas. Tenho de ir trabalhar para pagar ao malandro do Nacib.
Rui de
Caldevilla
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